“Ao sair Jesus do templo, disse-lhe um de seus discípulos: Mestre! Que pedras, que construções! Mas Jesus lhe disse: Vês estas grandes construções? Não ficará pedra sobre pedra, que não seja derribada.” (Marcos 13:1,2).
O templo não era apenas uma obra maravilhosa de arquitetura que, em razão de seu porte, beleza e riqueza, dominava a cidade de Jerusalém. Para o povo judeu, o templo era a Casa de Deus, a morada de Deus no meio de seu povo.
Foi o próprio Deus que assim declarou quando determinou a Moisés que construísse o Tabernáculo para Ele habitar: “E me farão um santuário, para que eu possa habitar no meio deles.” (Êxodo 25:8). Como Deus ama a humanidade, seu interesse é viver em paz e comunhão com ela. Foi assim no Éden, foi assim no deserto, é assim ainda hoje!
Foi especificamente para essa finalidade que Jesus foi crucificado, para destruir nossa inimizade com Deus: “Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um; e, tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, aboliu, na sua carne, a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz, e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade.” (Efésios 2:14-16).
No Tabernáculo, a presença de Deus era visível e constante. Durante o dia como uma nuvem e durante a noite como uma coluna de fogo: “No dia em que foi erigido o tabernáculo, a nuvem o cobriu, a saber, a tenda do Testemunho; e, à tarde, estava sobre o tabernáculo uma aparência de fogo até a manhã. Assim era de contínuo: a nuvem o cobria, e, de noite, havia aparência de fogo.” (Números 9:15,16).
Da mesma forma que aconteceu no Tabernáculo, quando Salomão consagrou o templo, a nuvem de Deus, sua glória, encheu o lugar: “Tendo Salomão acabado de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do Senhor encheu a casa. Os sacerdotes não podiam entrar na Casa do Senhor, porque a glória do Senhor tinha enchido a Casa do Senhor.” (2 Crônicas 7:1,2).
O templo é, antes de qualquer coisa, a afirmação da presença de Deus no meio de seu povo. É o lugar sagrado onde Deus manifesta sua santidade. Em razão da relevância do templo para os judeus, uma das acusações apresentadas no processo contra Jesus foi Ele ter afirmado que destruiria e reconstruiria o templo: “Nós o ouvimos declarar: Eu destruirei este santuário edificado por mãos humanas e, em três dias, construirei outro, não por mãos humanas.” (Marcos 14:58).
É evidente que nem seus acusadores, nem os discípulos, entendiam a respeito do que Jesus estava a falar. Ainda hoje, é possível que muitas pessoas não compreendam que nós somos o santuário, o lugar da habitação de Deus: “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6:19,20).
Você precisa saber que a vida é sagrada e deve ser vivida para a glória de Deus, que o corpo é sagrado e foi criado para ser santuário do Espírito Santo. Portanto, como recomenda a Escritura Sagrada, seja habitação do Espírito e glorifique a Deus em seu corpo.