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O AMOR CONTAGIA

“Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus? Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 João 3:17,18).

Bom dia!

O filme Patch Adams, o amor é contagioso (1998), relata a história real de um estudante de medicina que descobre que o amor e o humor podem fazer maravilhas no tratamento dos pacientes. Em uma escola tradicional que ensina uma abordagem impessoal no tratamento dos pacientes, Patch Adams iniciou uma revolução.

Em uma cena do filme, ele pergunta para um colega do primeiro ano, qual a diferença entre eles e os alunos do terceiro ano. Em seguida, pega um jaleco emprestado e começa a seguir um grupo de alunos guiado por um professor. No corredor, eles encontram uma mulher deitada em uma maca. Sem dar nenhuma atenção à mulher, o professor descreve sua situação para os alunos:

“Professor: “Aqui temos um caso de diabetes juvenil com má circulação e úlceras diabéticas com edemas linfáticos e traços de gangrena. Perguntas?” Um aluno pergunta: “Alguma osteomielite?” “Aparentemente, não. Embora não definitivo.” Outro aluno: “Tratamento?” “Estabilizar o açúcar no sangue, uso de antibióticos e, talvez, amputação.” A paciente se encolhe ao ouvir as palavras assustadoras do médico. Por trás do grupo, a voz de Patch é ouvida: “Qual o nome dela?” Os estudantes abrem o espaço e olham para ele. “Eu só queria saber o nome da paciente…” Surpreso, o médico olha na prancheta, procura o nome por um tempo e responde: “Margery.” Patch, então, a cumprimenta: “Oi, Margery.” Ela responde: “Oi…” Enquanto todos seguem o professor, ele segura a mão dela e sorri.

Verdadeiramente, é fácil, muito fácil, falar de amor, porém, nem sempre conseguimos praticar o amor. Por essa razão, João insiste para que o amor saia de nossas bocas e passe para nossas mãos, da abstração para o concreto, da teoria para a prática: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 João 3:18).

Tiago denuncia a fé falsificada, a fé que não produz fruto: “Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.” (Tiago 2:15-17).

João critica o amor falsificado: “Ora, aquele que possuir recursos deste mundo, e vir a seu irmão padecer necessidade, e fechar-lhe o seu coração, como pode permanecer nele o amor de Deus?” (1 João 3:17). O primeiro clama por fé em ação, o segundo, por amor em ação. A Escritura ensina que o amor é a marca do discípulo de Jesus.

Conheci especialistas que eram referência em sua área, palestrantes internacionais renomados, gigantes em sua especialidade, mas nanicos nas relações interpessoais, uma lástima no amor. Você precisa saber que cada pessoa é única, cada indivíduo é uma obra prima, criado à imagem e semelhança de Deus. Além disso, há momentos nos quais não há nada a fazer, situações em que toda a especialização encontra seu limite. Há momentos em que a melhor coisa a fazer é sorrir, tocar e, se possível, abraçar.

Aprendi cedo, com meu pastor, que o Verbo se manifestou cheio de graça e de verdade, graça primeiro. Não existe maior especialista no ser humano do que o Criador. Se decidisse, ao se encontrar comigo, manifestar toda a verdade, eu não suportaria, nem você, nem ninguém. Por essa razão, antes de tudo, Ele nos apresentou sua graça. Cobertos pela graça, suportamos a verdade.

Pequenos gestos de amor podem fazer toda a diferença no dia e na vida das pessoas que estão ao seu lado: “Qual o nome dela?” Os estudantes abrem o espaço e olham para ele. “Eu só queria saber o nome da paciente…” Surpreso, o médico olha na prancheta, procura o nome por um tempo e responde: “Margery.” Patch, então, a cumprimenta: “Oi, Margery.” Ela responde: “Oi…” Enquanto todos seguem o professor, ele segura a mão dela e sorri.” “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade.” (1 João 3:18).

Cel. Cícero Nunes

Cel. Cícero Nunes

Professor Estudo Bíblico

Cícero Nunes Moreira é casado com Cibele Mattiello da Rocha Moreira. Ordenado ao ministério sacerdotal há vinte e cinco anos, autor e Pastor na Igreja Evangélica Vida com com Cristo e capelão voluntário na Policia Militar de Minas Gerais com atuação, principalmente na Academia de Policia Militar e no Hospital da Policia Militar. Mestre em Ciências da Religião pela PUC Minas e Coronel do Quadro de Oficiais da Reserva. Autor do Livro Religião e Direitos Humanos na Policia Militar e Segue-me! Conectando-se ao Evangelho de Lucas.

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