“Pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome.” (Atos 9:16).
Bom dia!
É comum pensarmos nos santos como figuras idealizadas, como super-homens que passavam pelas lutas tranquilamente e que até possuíam superpoderes.
Lembramos deles ressuscitando mortos, expulsando demônios e curando enfermos até sem querer, ao tocá-los com suas sombras ou com seus lenços.
Todos tiveram a virtude da entrega radical a Deus e do desprezo ao mundo. Os santos, estando entre nós, vivem, plenamente, no reino de Deus. Eles não seguem a moda, (não se deixam moldar), não estão interessados na cor que será usada no próximo ano ou nas tendências para a próxima estação. Eles não querem imitar o corte de cabelo daquela figura da novela, nem comprar a camisa retrô do time do coração para se exibirem.
Inconformados com este século, eles têm uma elevada consciência a respeito de suas falhas e, por isso, clamam por misericórdia o tempo todo, lutam contra os desejos e sabem que, se relaxarem um pouquinho a vigilância, caem: “Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus; mas vejo, nos meus membros, outra lei que, guerreando contra a lei da minha mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:22-24).
Os santos são pessoas como nós, que têm problemas, mas decidiram lutar contra eles se submetendo a Deus e “esmurrando a própria carne”. Se olharmos com atenção as Escrituras, encontraremos fraquezas, disputas, conflitos, sofrimento e até medo entre os discípulos. Eles são humanos, como nós, mas decidiram viver para Deus.
Tiago nos diz que Elias, um gigante na fé, poderoso em atos, era um homem como nós, sujeito às mesmas paixões, mas que orou com instância e Deus o atendeu (Tiago 5:17). Os homens e mulheres de Deus não foram aprovados por terem superpoderes, mas porque perseveraram em confiar no Senhor, mesmo diante dos leões, dos touros, das espadas e do fogo.
Jesus disse para Ananias que mostraria a Paulo o quanto importaria sofrer por seu nome. Mais tarde, o próprio Apóstolo testemunhou isso, dizendo: “Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites menos um; fui três vezes fustigado com varas; uma vez, apedrejado; em naufrágio, três vezes; uma noite e um dia passei na voragem do mar.” (2 Coríntios 11:24,25).
Somos muito diferentes dos primeiros discípulos, não porque eles foram feitos de material superior ao nosso, mas porque eles decidiram abandonar o mundo e seguir a Cristo sem se desviar e sem esmorecer, mesmo enfrentando perigos e colocando em risco a própria vida.
Eles não seguiam a moda, seguiam Cristo. Não se conformavam com o sistema secular, praticavam a Palavra de Deus. Tinham consciência da fraqueza da carne e da força da concupiscência, por isso vigiavam e oravam. Se necessário, esmurravam o próprio corpo.
Cel. Cícero Nunes
Professor Estudo Bíblico
Cícero Nunes Moreira é casado com Cibele Mattiello da Rocha Moreira. Ordenado ao ministério sacerdotal há vinte e cinco anos, autor e Pastor na Igreja Evangélica Vida com com Cristo e capelão voluntário na Policia Militar de Minas Gerais com atuação, principalmente na Academia de Policia Militar e no Hospital da Policia Militar. Mestre em Ciências da Religião pela PUC Minas e Coronel do Quadro de Oficiais da Reserva. Autor do Livro Religião e Direitos Humanos na Policia Militar e Segue-me! Conectando-se ao Evangelho de Lucas.