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VOCÊ JÁ ESTÁ ENVOLVIDO

Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha (Lucas 11:23).

Bom dia!

O filósofo e teólogo Tomás de Aquino disse, certa vez: “Para quem tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para quem não tem fé, nenhuma explicação é possível.”

Quando era adolescente e desigrejado, e minha mãe, uma crente fiel, falava comigo, amorosamente, sobre Jesus, eu respondia grosseiramente: “Eu não tenho nada com isso, mãe. Esse é um problema entre Jesus e o diabo, não é da minha conta, eu não quero saber.” Na minha cabeça, minha posição já estava resolvida: eu era neutro.

Certa vez na universidade, enquanto tomava um café, participei de uma conversa entre dois doutores, ambos sociólogos e o assunto era Deus. A primeira, uma doutora recém titulada, afirmou, totalmente convicta: “Eu não acredito em Deus.”O segundo, um doutor bem conhecido e famoso, talvez pela maturidade, declarou: “Pois eu sou agnóstico. Como não posso provar nem que Deus existe, nem que não existe, prefiro não tomar posição. Nessa área, prefiro ser prudente”.

Certa vez, em uma conversa com o Capitão Gilbert J. Greene, Abraham Lincoln disse: “Eu entendo como pode ser possível para um homem olhar para a terra e ser ateu, mas não consigo conceber como ele pode olhar para os céus e dizer que Deus não existe.”

A crença no ateísmo foi construída aos poucos, em um processo que teve seu foco, principalmente na cultura. O filósofo marxista Antônio Gramsci disse que, em primeiro lugar deveria haver uma mudança no discurso, de revolução para processo democrático. Deveria se falar de consenso, unidade e pacificação, em vez de revolução e ditadura.

Nesse processo, os marxistas deveriam se unir a outros grupos oprimidos para criar uma coligação unificada com poder de voto. Depois, “Eles devem entrar em todas as atividades civis, culturais e políticas de todas as nações e, como o fermento faz com o pão, levedar todas elas com paciência e de forma completa. Para modificar a cultura, Gramsci argumentava, ‘seria necessária um alonga marcha através das instituições – as artes, o cinema, o teatro, as escolas, as faculdades, os seminários, os jornais, as revistas e o novo meio eletrônico [da época], o rádio.” (DeMar, 2014).

É possível, e até comum, nos assuntos humanos, alguém não assumir uma posição a respeito de uma questão, porém, na guerra travada entre o império das trevas e o reino de Deus, a neutralidade é impossível, pois quando alguém define que não quer se envolver, já assumiu uma posição. Quando se abstém, já decidiu. Na ótica de Jesus, aquele que ignora o reino de Deus ou o despreza já se posicionou contra Ele: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Lucas 11:23).

Você pode ter os melhores argumentos que a lógica ou a ciência possam dar ou pode, simplesmente não se envolver, mas a posição de Jesus não muda: “Quem não é por mim é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha.” (Lucas 11:23).

REFERÊNCIA

DeMAR, Gary. Quem controla as escolas governa o mundo. Brasília: Editora Monergismo, 2014. Edição do Kindle.

Cel. Cícero Nunes

Cel. Cícero Nunes

Professor Estudo Bíblico

Cícero Nunes Moreira é casado com Cibele Mattiello da Rocha Moreira. Ordenado ao ministério sacerdotal há vinte e cinco anos, autor e Pastor na Igreja Evangélica Vida com com Cristo e capelão voluntário na Policia Militar de Minas Gerais com atuação, principalmente na Academia de Policia Militar e no Hospital da Policia Militar. Mestre em Ciências da Religião pela PUC Minas e Coronel do Quadro de Oficiais da Reserva. Autor do Livro Religião e Direitos Humanos na Policia Militar e Segue-me! Conectando-se ao Evangelho de Lucas.

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