“Quando, de longe, viu Jesus, correu e o adorou, exclamando com alta voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes! Porque Jesus lhe dissera: Espírito imundo, sai desse homem!” (Marcos 5:6-8).
A Bíblia não deixa nenhuma dúvida quando à existência de espíritos imundos e de sua atuação sobre a terra. Da mesma forma, não deixa a mínima dúvida a respeito da autoridade e do poder de Jesus sobre eles. Normalmente os vemos, nos Evangelhos, se prostrando diante da presença de Jesus.
Marcos registra diversas vezes os demônios se prostrando diante de Jesus. Eles não fazem isso porque são reverentes, respeitadores e querem honrar o Senhor. Eles vão para o chão porque a autoridade de Jesus os esmaga, seu poder é irresistível! Como está escrito, “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela.” (João 1:5). Mesmo tendo conhecido Jesus em sua glória e agora o vendo aparentemente fragilizado e vulnerável, eles não podem lidar com seu poder e autoridade, por isso se prostram.
O Novo Testamento mostra os confrontos e nos informa, claramente, que o Senhor triunfou sobre os principados e potestades (poderes espirituais) e os expôs ao desprezo: “Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” (Colossenses 2:14,15).
O triunfo era a procissão em que o general romano, retornando de suas campanhas, entrava, com toda a glória na cidade, humilhando os príncipes e reis derrotados. Tomadas suas armas e as riquezas, os reis vencidos seguiam nus à frente do carro do general que os apresentava ao imperador para decidir se eles se tornariam vassalos ou seriam mortos ali mesmo.
Jesus triunfou sobre os principados e potestades na cruz e nos libertou da tirania deles, como Paulo declara: “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.” (Colossenses 1:13,14).
Quando estava exilado em Patmos, João viu o Senhor Ressuscitado em toda sua glória e Ele lhe disse: “Não temas; eu sou o primeiro e o último e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.” (Apocalipse 1:17b,18).
Mesmo antes de derrotar os espíritos definitivamente, Jesus deu aos discípulos autoridade sobre eles: “Chamou Jesus os doze e passou a enviá-los de dois a dois, dando-lhes autoridade sobre os espíritos imundos […] Então, saindo eles, pregavam ao povo que se arrependesse; expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo.” (Marcos 6:7,12,13).
Após ressuscitar, Jesus comissionou, definitivamente, seus discípulos e deu-lhes o mandado de pregar o Evangelho, curar enfermos e expulsar os demônios, o que os estudiosos chamam de “A Grande Comissão”: “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado. Estes sinais hão de acompanhar aqueles que creem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados.” (Marcos 16:15-18).
Se recebemos o mandado que torna a nossa ação espiritual legítima, se Jesus nos deu autoridade e poder para agir em seu nome, como devemos agir no mundo? Como podemos fazê-lo? O que pode acontecer se não agirmos?